sábado, 16 de setembro de 2017

GUARDA IMPERIAL DE NAPOLEÃO (ii) ; Estado-Maior Imperial

                                                  
                                                    Napoleão e o Estado-Maior Imperial 

Napoleão, montado no seu cavalo branco. Do lado esquerdo, um ajudante de campo do Estado Maior Imperial e o fiel Roustan (um mameluko). À direita, um general observa por um óculo a evolução das tropas. 
No segundo plano, à esquerda e sentado, Berthier, o Marechal que se ocupa da logística e das comunicações: recebe um relatório de um mensageiro. Do lado direito, em segundo plano, o ajudante de campo (a pé) entrega ao seu colega montado uma missiva. 

                                               Caçadores a Cavalo da Guarda Imperial

                                          Granadeiros a Cavalo da Guarda Imperial

                                                 Lanceiros Polacos da Guarda Imperial

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

CAVALARIA RUSSA

Couraceiros: (re) adquirem a couraça em 1811, na mesma altura em que os capacetes se tornam mais estreitos e altos e são encimados por crina de cavalo tingida de negro. Estavam agrupados em divisões exclusivamente de couraceiros, formando a Reserva de cavalaria.






Dragões: a média cavalaria está presente nos corpos de exército, em brigadas de cavalaria mista, com regimentos de ulanos e/ou de hussardos.





Ulanos: Usam o traje típico dos lanceiros polacos, sendo aliás os primeiros regimentos de ulanos do exército russo formados por cavaleiros de origem polaca e lituana. O império russo sempre foi uma confederação de vários povos.



Hussardos: Esta cavalaria ligeira distinguia-se dos regimentos equivalentes de outras nações pelo facto de um certo número de cavaleiros, em cada esquadrão, usar a lança. Tal como noutras nações, as funções dos hussardos, cavalaria ligeira típica, eram variadas e implicavam grande versatilidade. Muitas vezes, durante a campanha de 1812,  formavam grupos com cossacos, para vigiar e eventualmente flagelar os flancos do exército napoleónico em retirada.  



RÚSSIA: GUARDA IMPERIAL

A guarda do Czar foi-se expandindo durante o período das guerras napoleónicas, com a adição de novas unidades de infantaria e de cavalaria. 
O padrão de exigência para entrar na guarda era notoriamente mais elevado, tanto para os simples soldados como para os oficiais. 
Era uma sociedade ainda feudal; a mentalidade reinante no exército não podia deixar de ser o reflexo do que dominava na sociedade, em geral. Os jovens aristocratas tinham a entrada garantida nas fileiras dos regimentos mais prestigiosos, tanto mais facilmente quanto mais influente fosse sua família na corte. 

Porém, Alexandre I, influenciado por Napoleão aliás, tentou reformar de modo significativo o seu exército, sobretudo depois da série de humilhantes derrotas de Austerlitz, Eylau e Friedland.

O exército imperial russo, que enfrentou os corpos de exércitos multinacionais que compunham a Grande Armée, tinha sido profundamente reformado e era dirigido por um veterano das guerras com os otomanos. 
Kotuzov tinha o favor do imperador, além de uma imensa popularidade junto dos soldados, o que fazia com que lhe perdoassem o seu ostensivo e lascivo uso de amantes, levando-as no seu séquito, para todo o lado, mesmo em campanha.





O corpo de 4 regimentos de granadeiros que constituía a infantaria da guarda era formado por soldados experimentados, além de possuírem uma alta estatura. Os regimentos de caçadores e guardas finlandeses foram adicionados mais tarde.  



A artilharia da guarda consistia em companhias a pé e a cavalo. Esta artilharia funcionava como reserva de artilharia, sempre disponível para apoiar os regimentos da guarda a pé ou a cavalo, porém também intervindo de modo agrupado.
No início das batalhas, costumavam disparar  - em ambos os lados -  salvas maciças de artilharia, com o objectivo de causar baixas a longa distância no inimigo. 
Os canhões de maior alcance e mais pesados eram portanto usados preferencialmente, nesta fase das batalhas. Estes canhões estavam usualmente agrupados na reserva de artilharia, sob comando directo do generalíssimo.





A cavalaria da Guarda do Czar tinha regimentos pesados, médios e ligeiros. Os pesados eram de couraceiros, os médios de dragões e os ligeiros de hussardos, ulanos e cossacos. 
Mais para ao fim do período, deu-se a introdução de um regimento de caçadores a cavalo.




Os uniformes aqui apresentados estão em conformidade com os padrões dos anos de 1812-14. 

Muitas das figuras são modelos ZVEZDA, mas também usei modelos de outras marcas. Por exemplo, a partir de de corpos de artilharia a cavalo britânica (ESCI) e cabeças de infantaria russa (ESCI), construí a artilharia a cavalo da guarda imperial russa.  

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

RESERVA DE CAVALARIA

A reserva tinha como função actuar nos momentos decisivos e nos finais das batalhas. Podia ser incumbida de romper as linhas inimigas num ponto frágil ou varrer os focos de resistência de infantaria e artilharia. O seu uso em massa era portanto a norma. 

Os regimentos, típicos desta reserva, eram os de couraceiros e carabineiros, pois a sua couraça e o capacete de metal os protegiam de golpes de baioneta e de tiros de mosquete nas zonas vitais. 






Mas também era usual os dragões se juntarem nessa reserva. Eram tropas consideradas «médias», portanto, podendo eventualmente fazer um papel de escolta, ou de ataque nos flancos do inimigo, mas que estava armada com grandes sabres e estava treinada para manobrar em  bloco. 




A cavalaria ligeira (hussardos e caçadores a cavalo) estava frequentemente presente, para proteger os flancos das imensas colunas de cavaleiros couraçados que se dispunham para o ataque.





Na Grande Armée, cada divisão (= 4 regimentos) de cavalaria pesada e média possuía uma ou duas companhias de artilharia a cavalo, que acompanhavam os movimentos e podiam rapidamente desmontar, assestar os canhões e disparar, cobrindo assim o avanço da coluna de cavalaria e tentando enfraquecer o lado inimigo.




Os modelos, nalguns casos com transformações, são das seguintes marcas: AIRFIX, ESCI, ITALIERI, ZVEZDA e HAT.




BORODINO - GRANDES BATERIAS DE ARTILHARIA RUSSA

Em Borodino, perto de Moscovo, o exército de Napoleão encontrou pela frente um exército russo, bem posicionado e com a artilharia colocada de modo a poder varrer todo o campo de batalha com os seus disparos mortíferos. 

Quando manejados com destreza, os canhões conseguiam causar um número considerável de baixas. 
Os redutos da artilharia russa de Borodino, situavam-se em pequenas colinas. As baterias podiam - graças ao fogo cruzado - dizimar os inimigos que tentassem subir por essas mesmas colinas. 
A neutralização desta artilharia foi conseguida, mas à custa de um número impressionante de baixas, do lado da Grande Armée.

Por isto, e porque o exército russo, no fim da batalha, se retirou em boa ordem, cedendo o terreno, mas não se declarando vencido, esta foi reclamada como vitória para ambos os lados. 

A batalha de Borodino (para os russos) ou da Moscova (para os franceses) teve, na altura um efeito sobretudo moral, mostrando aos militares e às elites que o exército de Napoleão não era invencível. 

No imaginário popular, ficou como símbolo de resistência patriótica, com o romance «Guerra e Paz» de Tolstoi (cujo pai era o Conde Tolstoi, oficial russo que estava ao serviço no Estado Maior do Czar Alexandre) e graças a produções de cinema da era soviética, como a célebre trilogia dos anos 70 por S. Bondarchuk.




As tropas de infantaria apoiavam as baterias de artilharia, fornecendo proteção contra os ataques de infantaria e cavalaria inimiga.






 Utilizei vários modelos AIRFIX transformados, assim como modelos ESCI.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

COSSACOS 1812 -1814

Os Cossacos formavam uma espécie de milícia a cavalo, salvo o caso excepcional dos Cossacos da Guarda Imperial. Estes Cossacos pertenciam a zonas do Don, hoje fazendo parte da Ucrânia e doutras zonas, incluindo zonas do Cáucaso. As suas tarefas ao longo dos séculos tinham sido fornecer uma guarda fronteiriça e uma força de combate sobretudo face a incursões otomanas. 

Os Cossacos organizavam-se em Sotnias, com um número semelhante ao dum esquadrão de cavalaria «normal», cerca de 160 cavaleiros.



O Ataman Platov, comandava um pequeno exército a cavalo, com artilharia ligeira incluída. Esta força enfrentou algumas vezes corpos de cavalaria inimigos em terreno de batalha. Porém, eles eram usados em campanha para reconhecimento e para uns ataques do tipo guerrilha, atacando, causando algumas baixas, alguma desorganização e fugindo. Fustigaram a Grande Armée em retirada no Outono gelado das estepes russas. 



O prestígio destes cavaleiros exímios foi manchado por inúmeros actos de banditismo, até contra populações amigas. Eles só mostravam fidelidade aos seus chefes militares e às suas próprias nações ou tribos. 



A lança era a principal arma do cossaco, mas também usava o sabre e um par de pistolas que usava entaladas num cinturão largo. Os cavalos eram de raça pequena, muito resistentes e ágeis.

A generalidade dos cossacos usava um barrete de lã de carneiro astrakan, uma jaqueta sem cauda e umas calças largas. A cor era, em geral, azul escura. Colarinhos e punhos tinham uma cor distintiva do distrito. A cor azul clara era exclusiva do regimento do Ataman.




Usei essencialmente modelos HAT e ITALIERI, embora para a artilharia a cavalo cossaca também usasse uma grande diversidade de modelos: corpos de russos da guerra da Crimeia (ESCI), cabeças de hussardos ingleses (ESCI) e outros.

RÚSSIA - INFANTARIA II

O exército adoptou uma estrutura em corpos, à semelhança do seu adversário, o exército napoleónico. 
Cada corpo possuía um número fixo de divisões de infantaria, uma divisão de cavalaria e várias companhias de artilharia a pé e a cavalo. 
Os regimentos de infantaria podiam ser os banais de infantaria de linha, com base em distritos de recrutamento, mas também havia regimentos ligeiros ou Jaegers (caçadores). 
Por vezes, também havia regimentos exclusivos de granadeiros, estes últimos frequentemente agrupados em divisões, dentro de um corpo.
Os granadeiros de Pavlov tinham ganho em combate a distinção de conservar as «mitras», chapéus típicos dos exércitos do passado século XVIII e completamente abandonados por exércitos doutras nações. Consta que no meio duma terrível derrota eles mantiveram uma notável compostura.  Quando, nos restantes regimentos, os chapéus do tipo «mitra», das companhias de granadeiros, foram retirados (após 1807), o regimento de Pavlov conservou os seus até - salvo erro - ao início do século XX.

Na campanha de 1812, a cada divisão ou corpo de infantaria estava associada um certo número (variável) de regimentos de Opolchenie, ou milícias. 
A maior parte estava mal equipada, muitos não tinham arma de fogo, apenas uma lança. 
Mas as milícias de São Petersburgo estavam correctamente vestidas, com uma túnica verde escura e as calças da mesma cor. Os soldados tinham mochila e um mosquete. 
Embora fossem tropas auxiliares, distinguiram-se em combate durante a campanha. 

Baseei esta infantaria em modelos ITALIERI (granadeiros), ESCI (infantaria de linha) e AIRFIX (Landwehr prussiana, pintada com cores das milícias russas)