quinta-feira, 31 de agosto de 2017

PRINCIPADO DE HESSE DARMSTADT

Entre as dezenas de pequenos Estados agrupados na Confederação do Reno, o principado de Hesse-Darmstadt constitui um caso particular, na medida em que às suas tropas foram atribuídas várias missões relevantes, na campanha de Espanha e, posteriormente, na Rússia. 
O contingente de Hesse combateu, posteriormente, em Leipzig, em 1813, integrado numa divisão com o Grã-Ducado de Bade. 

Como não existiam modelos comerciais em plástico de Hesse, tive de os criar, a partir de corpos de infantaria inglesa AIRFIX, com cabeças de artilharia e de caçadores prussianos da HAT, assim como artilheiros franceses (AIRFIX e ESCI). 




                            


Os Chevau-léger foram construídos com corpos de várias origens e cabeças de infantaria bávara da HAT. Os cavalos são os dos hussardos britânicos da AIRFIX.Os Guardas a Cavalo foram construídos com corpos de couraceiros suecos e cabeças de carabineiros suecos, da HAT.





quarta-feira, 30 de agosto de 2017

CAVALARIA AUSTRÍACA E HÚNGARA

O Império austríaco tinha a reputação desde há muito tempo de possuir a melhor cavalaria da Europa. Talvez na época napoleónica esse lugar não estivesse tão seguro, no entanto, havia uma longa tradição quer na escola de alta cavalaria de Viena, quer nos cavaleiros húngaros das estepes, que seria difícil de ultrapassar. Além disso, as raças de cavalos apuradas durante séculos, assim como as condições climatéricas da Europa Central permitiam que a cavalaria austríaca ostentasse os cavalos de qualidade. 
Os exércitos napoleónicos, sempre com deficiência em cavalos de qualidade, serviram-se dos recursos equestres dos austríacos, aliados à força, que forneceram um contingente importante na invasão da Rússia.
Os uniformes da cavalaria «alemã» eram pouco variados: os dragões usavam casacas brancas, assim como os couraceiros. Estes últimos usavam uma meia couraça, que apenas recobria a parte da frente do torso. Os chevau-léger tinham casacas verdes, assim como os ulanos. Estes últimos tinham um chapéu - a czapka - típico dos lanceiros polacos. Nesta época, muitos territórios hoje na Polónia, faziam parte do império austro-húngaro. 
Quanto aos regimentos húngaros de cavalaria, eram compostos apenas por hussardos. Estes, eram excelentes em todas as tarefas atribuídas à cavalaria ligeira, reconhecimento, escolta, guarda, guerra de desgaste... Alguns regimentos de hussardos eram provenientes de uma força especial, os grënzer. Existiam também grënzer a pé. Estas tropas, como o nome indica (grënzer), tinham como missão manter protegidas as fronteiras do Império.

Não havendo no mercado modelos específicos para os hussardos austro-húngaros, decidi usar corpos dos hussardos britânicos da  ESCI e cabeças dos Scot Greys da mesma marca, para confeccionar os hussardos do exército austro-húngaro. 
Para os ulanos (lanceiros) austríacos usei lanceiros polacos da ESCI, com cavalos de dragões russos, da MARS. 
Os chevau léger foram construídos com corpos de Scot Greys (ESCI) e cabeças de infantaria austríaca (ESCI).
Usei sobretudo modelos de couraceiros e dragões da HAT; foram alguns modificados para construir  oficiais, trompetes e estandartes. Também usei modelos de outros regimentos (corpos de dragões russos e de couraceiros russos da HAT, com cabeças de infantaria austríaca ESCI).


















terça-feira, 29 de agosto de 2017

REINO DE WÜRTENBERG

                       


                            

No contexto da Confederação do Reno, conjunto de Estados vassalos resultantes da aliança com Napoleão, os Estados mais importantes e que tinham aderido mais precocemente beneficiavam de um estatuto levemente mais favorável. Foi o caso do Würtemberg que, na sequência da aliança com a França Imperial, viu o seu estatuto passar de Grão Ducado para Reino.

Os uniformes deste reino foram marcados por transformações ocorridas ao longo das peripécias por que passaram seus regimentos, aquando das diversas campanhas. O chapéu típico da época - a barretina (shako) - foi apenas usado universalmente pela infantaria no final do período na altura da batalha de Leipzig e posteriormente. Antes disso, incluindo a desastrosa campanha da Rússia, os soldados de infantaria de linha, assim como artilheiros usavam um capacete com cimeira coberta de lagarta de pêlo preto ou cinzento. 
As casacas de infantaria eram dum azul médio e tinham um peitilho debruado a branco ou a amarelo (consoante a cor dos botões), sendo as cores regimentares aplicadas nos colarinhos, punhos e no reverso da casaca. Os uniformes da artilharia tinham como cor de fundo o azul claro e ornamentos a negro.

A cavalaria incluía a Guarda, usando barretes de pele de urso, como os granadeiros franceses, assim como várias unidades de cavalaria ligeira, como o - aqui representado - regimento do Duque Louis ou os dragões do Príncipe Adam.

Quase todos os modelos usados nesta colecção foram os da HAT. Os artilheiros a pé foram transformados a partir de corpos de artilheiros franceses da Airfix e das cabeças - também Airfix-  de couraceiros franceses. 








                  





segunda-feira, 28 de agosto de 2017

ÁUSTRIA - ARTILHARIA

No exército austríaco, a arma de artilharia era considerada uma das melhores da Europa, do seu tempo. 
Porém, a sua utilização pelos generais era ainda demasiado conservadora. Utilizavam mais a artilharia para apoiar o avanço e o combate de infantaria, dispersando as unidades pelos diversos batalhões. Só raramente concentravam o fogo da artilharia em baterias compostas por várias companhias. 
A artilharia austríaca não tinha propriamente uma divisão entre artilharia a pé e a cavalo, ao contrário das outras, da época napoleónica. 
Existiam baterias volantes ou ligeiras, mas elas eram operadas por artilheiros que não tinham montadas individuais. Os canhões possuíam um assento onde os artilheiros se deslocavam. Apenas os oficiais e sargentos possuíam cavalos. 

Os uniformes foram pouco modificados durante os anos. 
A casaca castanha com ornamentos vermelhos manteve-se, sendo apenas modificado o chapéu. 
Além dos artilheiros, os canhões eram servidos por auxiliares, com uniformes ligeiramente diferentes, o azul claro substituindo o vermelho nas casacas.
O chapéu que recobria os artilheiros era, inicialmente,  o Corsehut (chapéu negro com um dos lados erguidos): foi substituído por capacete semelhante ao da infantaria de 1798, mas com uma lagarta vermelha a ornar a cimeira.
Posteriormente, cerca de 1809, foi introduzido o chapéu bicórneo, que se conservou até ao final das guerras napoleónicas.  

Utilizei modelos da HAT, mas também de infantaria e artilharia do exército sulista da guerra de secessão dos EUA, da AIRFIX, para os efectivos com Corsehut. Nestes, realizei várias modificações para adequá-los aos uniformes austríacos da época.















domingo, 27 de agosto de 2017

CAVALARIA LIGEIRA FRANCESA II - LANCEIROS

Os regimentos de lanceiros ou ulanos presentes do lado francês das guerras napoleónicas têm uma aparição bastante tardia. O primeiro regimento de lanceiros foi o dos Chevau Léger Lanciers Polonais da Guarda Imperial, formados por jovens aristocratas polacos, que serviram como escolta de Napoleão, a partir de 1807.

Outras formações incluíram os Lanceiros «holandeses», que resultaram da incorporação da guarda  a cavalo do Reino de Holanda, na Guarda Imperial francesa após o Reino da Holanda ter sido incorporado na França. 

Mais tardiamente, os Lanceiros de Berg foram incorporados também na Guarda Imperial. O Grão Ducado de Berg foi inicialmente dado a Murat, mas após a sua subida ao trono de Nápoles, foi mais ou menos diretamente controlado administrativamente pela França, tal como outros territórios. 

Por fim, a partir de 1811 surgem regimentos de lanceiros inteiramente franceses, por conversão de  outros tantos regimentos de dragões.

Os lanceiros de Berg tinham o corte de uniforme à polaca, embora a cor de base fosse o verde, sendo a cor regimental o amaranto. A Chapka era também um chapéu militar tipicamente polaco, mas utilizado por Ulanos / Lanceiros, de todas as nacionalidades.

Os Lanceiros franceses resultantes da conversão de regimentos de dragões usavam um capacete muito semelhante ao dos dragões, em latão, com um formato grecorromano, mas cuja crina de cavalo era substituída por uma «lagarta» de pêlo. 
O uniforme destes lanceiros era - no restante - semelhante ao dos Caçadores a Cavalo da Grande Armée.

Utilizei ulanos da Zvezda, chevau-léger franceses da Waterloo 1815 e da HAT. Alguns cavalos foram tomados de outras marcas.